Otimista, Pedro Simon acredita que Brasília 'retomará o caminho de JK'




Durante a homenagem do Senado Federal a Tiradentes e aos 50 anos de Brasília, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) ligou os vários momentos vividos pela cidade com os governos que passaram pelo país. Para ele, o momento do nascimento da cidade foi de um grande otimismo, com o governo Juscelino Kubitscheck. Depois, a capital amargou seus momentos mais tristes, com os 21 anos da ditadura militar, recuperando-se em 1984, com o movimento "Diretas Já", que levou Tancredo Neves e José Sarney à Presidência da República.

 

Desde então, cinco presidentes foram eleitos diretamente pela população, "resgatando o destino histórico de Brasília como capital da cidadania, da democracia e da liberdade", afirmou o senador. Entretanto, nos últimos meses a cidade "sofreu um novo e grave abalo moral", depois que seus dirigentes foram flagrados, "em áudio e vídeo, em graves crimes de conduta ética e moral", levando o governador e principais auxiliares à cadeia.

 

- Mas Brasília é forte, e continua otimista, e será alegre outra vez. A crise política atual levou a capital ao fundo do poço - e esta pode ser uma boa notícia. Não há como afundar mais, não se pode descer tanto no nível da confiança e da esperança. Daqui, Brasília só poderá elevar-se e recuperar-se. Não resta outro caminho, senão retomar seu destino honroso, como sonhavam JK e Niemeyer - previu Pedro Simon.

 

O senador chamou a atenção para a coincidência entre os destinos de Tiradentes e de Tancredo Neves - ambos nasceram na mineira São João Del Rey e morreram no mesmo dia (21 de abril). Simon chamou Tancredo de "mártir do Brasil", pois poderia ter sido operado um mês antes de sua posse. Entretanto, temeroso da reação dos militares que ele derrotara no colégio eleitoral até então controlado pelo governo, suportou a doença até a véspera da posse, quando foi internado, vindo a falecer 37 dias depois.

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