No Senado, Gleisi Hoffmann mostrou afinação com o Planalto

Da Redação | 07/06/2011, 19h49

A nova ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), chegou ao Senado em 2011, para exercer seu primeiro mandato eletivo, tendo vencido a disputa com 29,50% dos votos. No Senado, mostrou afinação com o Planalto, notabilizando-se por defender o governo de Dilma Rousseff contra as críticas dos parlamentares de oposição. Teve embates, especialmente, com o líder do PSDB, Alvaro Dias (PR). Ela foi a relatora do PDS 115/11, que ratificou o acordo do Brasil com o Paraguai para revisar a tarifa paga pela energia de Itaipu. O texto foi aprovado pelo Senado no início de maio.

Em pouco mais de seis meses atuando na Casa, Gleisi Hoffmann apresentou 19 propostas e foi relatora de outras 16. Entre as matérias apresentadas por ela, está a proposta de emenda à Constituição (PEC) 12/11, que tem objetivo de limitar a possibilidade de reeleições consecutivas para o mandato de senador e determinar a desincompatibilização do cargo para chefes de Poder Executivo e de senador para concorrer na eleição.

Gleisi Hoffmann apresentou oito projetos de lei. Dentre eles, o PLS 49/11, que explicita a proibição da suspensão condicional do processo nos casos de crimes cometidos com violência doméstica ou familiar contra a mulher. O PLS 81/11 dispõe sobre o período de carência para a concessão do benefício da aposentadoria por idade para as donas de casa de baixa renda.

Já o PLS 292/11 modifica as regras relacionadas a plebiscitos e referendos para vetar expressamente a possibilidade de consultas à população sobre a forma federativa do Estado, o voto secreto, universal e periódico, a separação entre os Poderes, os direitos e garantias fundamentais e o respeito aos direitos humanos. Além disso, ela apresentou um projeto de decreto legislativo, dois projetos de resolução e sete requerimentos.

Biografia

Gleisi Helena Hoffmann nasceu em Curitiba, em 6 de setembro de 1965 e é filha de Júlio Hoffmann e Getúlia Agda. É casada com o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba, Gleisi Hoffmann fez especialização em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira na Escola Superior Administração Fazendária (Esaf) e no Fundo Monetário Internacional (FMI).

A nova ministra chefe da Casa Civil iniciou sua vida política no movimento estudantil. Participou de vários grêmios estudantis e fez parte da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). Gleisi Hoffmann exerceu as funções de secretária de Gestão Pública em Londrina (PR) e de secretária de Reestruturação Administrativa do estado do Mato Grosso do Sul. Foi também diretora financeira da Itaipu Binacional, a maior hidrelétrica do país. No ano passado, ela declarou bens no valor total de R$ 659.846,00.

Suplentes

Com a nomeação para o cargo de ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman deve se licenciar do Senado, sendo substituída por um de seus dois suplentes.

O primeiro suplente é o advogado Sérgio Souza (PMDB). Ele é natural de Ivaiporã (PR) e declarou bens no valor de R$ 936.847,24. Ele foi assessor de Orlando Pessuti, que foi deputado e governador do Paraná. O segundo suplente é Pedro Irno Tonelli (PT), eletricista, com ensino fundamental completo. Ele é natural de Encantado (RS) e declarou bens no valor de R$ 638.825,56.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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