Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Filho nasceu em 12 de fevereiro de 1921, em Manaus, Amazonas, filho do magistrado Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro e Luiza da Conceição do Carmo Ribeiro.
Formou-se em Direito, em 1944, em Manaus, pela Faculdade de Direito do Amazonas. Teve como atividades principais a advocacia e o jornalismo.
Ingressou na vida pública como chefe de gabinete do Governo do Amazonas e depois como secretário de Finanças e do Interior e Justiça.
Seu primeiro mandato foi em 1947, quando foi eleito deputado à Assembléia Constituinte do Amazonas pela legenda do Partido Social Democrático — PSD. Após a promulgação da nova Carta estadual, exerceu o mandato até janeiro de 1951, ainda na legenda do PSD e, mais uma vez, em outubro de 1954, pelo Partido Trabalhista Brasileiro — PTB.
Em outubro de 1958 foi eleito deputado federal pelo Amazonas, cadeira que ocupou no início de 1959. Em maio do mesmo ano tornou-se vice-líder do PTB e, dois meses após, vice-líder do bloco parlamentar de oposição.
Em 1961, durante o Governo do Presidente Jânio Quadros, apoiou a política externa oficial sustentando os princípios de autodeterminação, de não-intervenção e não-alinhamento do Brasil nas disputas entre os blocos hegemônicos internacionais. Já no Governo de Goulart, em novembro de 1961, apoiou o reatamento das relações diplomáticas com a União Soviética, rompidas em 1947, e a Emenda Constitucional nº 5, que ampliou a participação dos municípios na renda tributária nacional.
Em março de 1962, alinhado ao chamado Bloco Compacto do PTB, grupo que reunia parlamentares de tendências socialistas, foi reconduzido à vice-liderança de seu partido na Câmara. Neste mesmo ano, no pleito de outubro, elegeu-se senador pelo Amazonas. Tomou posse no Senado em fevereiro de 1963. No mês seguinte fez-se líder do PTB e, em maio, vice-líder da Maioria — PSD e PTB e do Governo.
Em 16 de abril de 1964, Arthur Virgílio renunciou à vice-liderança do seu partido no Senado, estando já instalado o Governo de Humberto Castelo Branco. Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 e a posterior implantação do bipartidarismo, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro — MDB, do qual tornou-se vice-líder no Senado em 1968.
Foi cassado em 1969 e teve seus direitos políticos suspensos por dez anos por força do Ato Institucional nº 5, de 13 -12-1968. Só em agosto de 1979 foi beneficiado pela anistia decretada pelo Presidente João Figueiredo.
Casou-se com Isabel Vitória de Matos Pereira. Seu filho Arthur Virgílio Ribeiro Neto elegeu-se deputado federal pelo Amazonas pela primeira vez, em 1982, na legenda do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, e hoje ocupa uma cadeira na Câmara pelo PSDB do Amazonas.
Arthur Virgílio Filho faleceu em 31 de março de 1987, no Rio de Janeiro.
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