Soldados da Borracha e inventor paraense estarão no Livro dos Heróis da Pátria

Da Redação | 07/06/2011, 13h35


A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (7), em caráter terminativo , projeto de autoria da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) que inscreve o nome do grupo Seringueiros Soldados da Borracha no Livro dos Heróis da Pátria. A relatora, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), apresentou voto a favor da proposta.

Na justificação do projeto (PLC 10/2011), a autora informa que a homenagem se deve ao trabalho realizado pelos 65 mil brasileiros que foram para a Amazônia durante a 2ª Guerra Mundial. "Esse contingente realizou notável trabalho, suprindo as necessidades de látex durante o conflito mundial, uma vez que foi bloqueado o acesso aos seringais da Malásia", explica ela.

Em seu relatório, Gleisi Hoffmann explica que, "embora não tenham participado dos combates, os Soldados da Borracha estiveram sujeitos a condições de trabalho e sobrevivência extremamente severas, contribuindo diretamente para o mesmo objetivo dos ex-combatentes, que se uniram às Forças Aliadas para derrotar as Potências do Eixo".

Precursor da aviação

Na mesma reunião, os senadores também aprovaram a inscrição do nome de Júlio Cezar Ribeiro de Souza no Livro dos Heróis da Pátria. O autor do projeto (PLC 143/2010), o ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA), informa que Júlio Cezar Ribeiro de Souza foi um cientista e inventor paraense, o qual, na década de 1880, "desenvolveu as bases teóricas da aerodinâmica da navegabilidade aérea", sendo assim um dos precursores da aviação mundial.

Na justificação da matéria, seu autor explica que a proposta do cientista "para a dirigibilidade dos veículos mais leves que o ar, inspirada na observação do vôo dos pássaros, baseava-se na estrutura fusiforme dissimétrica dos balões, consagrada posteriormente, inclusive nos famosos dirigíveis Zeppelin".

Ao apresentar seu voto favorável ao projeto, o relator, senador Paulo Bauer (PSDB-SC), também informa que as experiências de Júlio Cezar foram reconhecidas à época por diversas instituições científicas e tecnológicas, tendo ele obtido a patente de seu "balão planador" em nove países.

Para ver a íntegra do que foi discutido na comissão, clique aqui.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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