Polícia do Senado nega ter agido com excesso contra manifestantes

Da Redação | 08/11/2011, 19h36

A Polícia do Senado negou que tenha agido com excesso ao conter manifestantes contrários à aprovação do novo Código Florestal durante votação da proposta em duas comissões do Senado nesta terça-feira (8). Um policial legislativo chegou a usar uma pistola de choque (taser) contra um estudante, o que levou a críticas da senadora Marinor Brito (PSOL-PA).

De acordo com o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, não houve excessos, apenas ações legítimas dos policiais no sentido de proteger parlamentares, servidores, o público que assistia à votação e o patrimônio do Senado. Ele rechaçou a informação de que o estudante atingido teria desmaiado.

- Um jovem chamado Rafael se excedeu, recebeu voz de prisão e jogou-se no chão fingindo estar desacordado. Ele foi levado pelos policiais e, ao chegar perto dos elevadores, tentou fugir dando chutes e pontapés. Só nesse momento foi usada a pistola. Esse jovem admitiu tudo isso em depoimento aqui na Polícia do Senado mais tarde e não quis fazer exame no Instituto Médico Legal ou abrir representação contra qualquer policial - contou.

Carvalho disse que os manifestantes - boa parte universitários - entraram pelos vários acessos ao prédio em "efeito formiga". Eles se aglomeraram na Ala Alexandre Costa, onde os senadores das comissões de Agricultura (CRA) e de Ciência e Tecnologia (CCT) votavam a reforma do Código Florestal. Já no final da votação, teriam tentado colar cartazes em paredes do local, sendo impedidos pelos policiais.

Por causa disso, teriam passado a xingar senadores e servidores, chamando-os de "ladrões" e "corruptos". Pouco depois, teriam desafiado os policiais legislativos, ameaçando agredi-los. Segundo Pedro Carvalho, diante desse comportamento, a polícia legislativa foi obrigada a agir.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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