Paulo Davim diz que Código Florestal deve ser discutido 'sem fundamentalismo'

Da Redação | 31/05/2011, 17h23


O senador Paulo Davim (PV-RN) disse, em discurso nesta terça-feira (31), que o Senado deve discutir de forma equilibrada o projeto do novo Código Florestal brasileiro, com respeito à questão ambiental, "porém sem fundamentalismos de ambos os lados". Embora reconheça a importância do agronegócio para a formação do Produto Interno Bruto brasileiro (PIB), Davim afirma que não é possível sacrificar a proteção ambiental em nome da produtividade da agricultura nacional.

- Eu acho que o Brasil, que é tido como um país com a mais avançada legislação ambiental; que tem a maior floresta tropical do mundo; o maior rio em volume d'água do mundo; a maior biodiversidade do mundo; não pode retroceder, não tem o direito de dar um passo atrás - disse.

Ao defender um debate "isento de emoções e interesses outros", Davim pediu que os parlamentares considerem as posições das entidades técnico-científicas. Em sua avaliação, elas podem contribuir para que se chegue a um textoque "vá ao encontro dos interesses do Brasil".

Paulo Davim cumprimentou a escolha do senador Jorge Viana (PT-AC), nesta terça-feira, para relatar a proposta na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). Ele disse que Viana é conhecedor da matéria por formação profissional e por ser político "de história". Jorge Viana é engenheiro florestal.

O parlamentar manifestou satisfação em poder discutir o substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) "ponto a ponto", com a ex-senadora Marina Silva e o deputado José Sarney Filho e outros 12 senadores na CMA nesta terça-feira.

Davim acredita que a celebração do Dia Internacional do Meio Ambiente, no dia 5 de junho, será uma oportunidade para se restabelecer o compromisso com o patrimônio ambiental brasileiro e realizar um debate "enriquecido com ideias e compromissos".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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