Para Alvaro Dias, disputa no Banco do Brasil é exemplo de 'modelo promíscuo' do PT

Da Redação | 28/02/2012, 17h19


O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou nesta terça-feira (28) que o Banco do Brasil é o "exemplo mais vistoso" da forma de governar do PT. O senador se referia a notícias publicadas nos últimos dias sobre uma suposta disputa entre facções do PT pelo comando do banco e do fundo de pensão Previ.

- O que menos parece importar aos contendedores é o interesse público. Na realidade, brigam pelo controle do dinheiro público - afirmou o senador.

Segundo Alvaro, não é a primeira vez que os cargos de diretoria do banco são usados como moeda de troca para obtenção de apoio político, o que classificou de "modelo promíscuo" adotado pelo PT. O senador afirmou que os cargos já abrigaram aliados de outros partidos, mas desta vez o centro da disputa seriam setores do próprio PT, que veriam o banco como "galinha dos ovos de ouro".

- O novo escândalo no Banco do Brasil é apenas o mais recente na seara do Ministério da Fazenda, de Guido Mantega - criticou Alvaro Dias, que lembrou denúncias recentes envolvendo a Casa da Moeda e a Caixa Econômica Federal.

Sigilo

O senador disse considerar que a "guerra" pelo comando do banco produziu um crime, numa referência à divulgação de informações financeiras de Allan Toledo, ex-vice-presidente da instituição. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o diretor, exonerado em 2011, teria recebido quase R$ 1 milhão em conta bancária no ano passado. O executivo, no entanto, afirma que o valor é proveniente da venda de um imóvel.

- O fato concreto é que Allan Toledo acaba de ser vítima de um crime: a quebra do seu sigilo bancário - disse o senador, que comparou o caso ao do caseiro Francenildo Costa, que teve o sigilo quebrado em 2006.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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