Demóstenes: discurso de Dilma às vésperas do 7 de Setembro foi 'golpe publicitário'

Da Redação | 15/09/2011, 19h06


Em pronunciamento nesta quinta-feira (15), o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) criticou duramente o pronunciamento oficial feito pela presidente Dilma Rousseff às vésperas do 7 de Setembro, Dia da Independência. Para o senador, as palavras da presidente foram mentirosas, não passaram de "golpes publicitários" e anteciparam a disputa eleitoral de 2014.

- O discurso em rede nacional de rádio e televisão, que de tão eleitoreiro pode ter sido gravado durante a campanha de 2010, tem dez minutos de promessas e balanços e pouquíssimo sobre a Independência - disse o senador.

Na interpretação de Demóstenes, a presidente desdenhou da séria crise econômica pela qual passa o mundo atualmente e mentiu ao povo brasileiro ao afirmar que o Brasil é capaz de enfrentar esses difíceis momentos econômicos sem passar dificuldades.

O parlamentar questionou a afirmação de Dilma de que as reservas internacionais brasileiras estariam "mais sólidas do que nunca". Para Demóstenes, a afirmação é mentirosa, pois, dos US$ 350 bilhões em reservas, US$ 300 bilhões são em títulos e não em recursos e, desses, US$ 200 bilhões são em títulos dos Estados Unidos. "Economia que enfrenta terremoto seguido de tsunami e incêndio", acrescentou metaforicamente.

O senador disse ainda que o pronunciamento foi apenas "marketing oficial", com texto e recursos visuais publicitários com o objetivo de enganar o povo brasileiro e vender um falso otimismo.

Para Demóstenes, não é verdade que a saúde, a educação e a segurança pública estão melhores que nunca, como afirmou Dilma. Para exemplificar, o senador citou os resultados do último Enem, que mostraram apenas 74 escolas públicas dentre as mil melhores do país.

- A saúde é o caos completo, a segurança nacional convive com o sucateamento das Forças Armadas e a segurança pública padece com o abandono generalizado - acrescentou.

Demóstenes também afirmou faltarem no Brasil mais investimentos em infraestrutura, disse que a carga tributária brasileira "é extorsiva" e que os brasileiros estão muito endividados.

- O brasileiro está com o pescoço na forca dos carnês - declarou o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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