Indicado ministro, Crivella quer criar a 'Embrapa da pesca'

Da Redação | 02/03/2012, 19h11

Pouco depois de conversar pelo telefone com a presidente Dilma Rousseff, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) deu sua primeira entrevista anunciando que aceitou o convite do governo para conduzir o ministério da Pesca e Aquicultura. Engenheiro civil, ele disse que pesca é uma área onde ainda tem muito a aprender.

- Quando fui convidado, no fim de semana, minha primeira reação foi de surpresa. Verifiquei que esta é uma homenagem que a presidente da República quer fazer ao povo fluminense. É uma área em que, confesso, vou ter que aprender muito.

Crivella disse aos jornalistas que, em sua conversa com a presidente da República, Dilma Rousseff comentou que o setor da pesca envolve milhões de brasileiros e, mais que isso, brasileiros humildes. De acordo com o parlamentar, ela pediu que ele devote a essa pasta o mesmo esforço dedicado à atividade missionária que ele conduziu por 10 anos na África.

- Minha responsabilidade é enorme e espero estar à altura do cargo que me é confiado.

Na mesma entrevista, Crivella referiu-se a um Caderno de Metas para 2022, criado por seu partido, entre outros objetivos, com o propósito de ajudar o Brasil a duplicar a estrutura sustentada de peixes e triplicar seu consumo per capita.

O senador também disse que o Brasil tem 800 mil engenheiros e que, destes, apenas 1.475 são da área da pesca. Para o parlamentar, isso é preocupante porque, no Brasil, a pesca deveria ter o mesmo tamanho da agricultura. Daí porque ele defende a criação, na área da pesca, de uma empresa nos moldes da Empresa Brasileira de Agricultura (Embrapa).

Ideli Salvatti

Ao deixar a presidência do Senado, depois de uma reunião com o presidente José Sarney, a ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais, disse que a escolha de Crivella se deve à importância que ele tem no PRB.

- O PRB é "parceiríssimo" desde o governo do presidente Lula, com o ex-vice-presidente José Alencar, e também tem sido durante o governo da presidente Dilma Rousseff. Então essa foi a decisão que a presidenta tomou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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