Ana Rita defende políticas públicas para acabar com desigualdade entre brancos e negros
Da Redação | 21/11/2011, 18h59
Ao relatar a realização, nesta segunda-feira (21), de sessão especial para comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra, a senadora Ana Rita (PT-ES) falou sobre as desigualdades que ainda existem entre brancos e negros no Brasil. A senadora citou dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstrando que os negros recebem, em média, 53% do salário dos brancos e sua escolaridade média é de 5,8 anos, em contraste com 7,7 anos na população branca.
- É preciso políticas públicas para os negros neste país. È preciso acabar com o preconceito, muitas vezes velado. Não podemos desprezar ou diminuir uma população que ajudou e contribuiu para o crescimento deste país em todos os sentidos - afirmou.
Uma maneira de diminuir as diferenças, segundo Ana Rita, é a aprovação da lei de cotas raciais nas universidades públicas. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 180/2008, do qual é relatora, está pronto para a inclusão na pauta da Comissaõ de Constituição, Justiça e Cidadania. O voto da senadora é favorável à aprovação do projeto.
- A lei das cotas raciais é a forma de inclusão definitiva do negro e da negra na sociedade brasileira, precisamos avançar com medidas como essa para que possamos mudar a visão sobre o negro que predomina na nossa sociedade - afirmou.
Índios
A senadora lamentou o ataque aos índios da comunidade Kaiowá Guarani ocorrido em Amambaí (MS) na sexta-feira (18). De acordo com os índios, cerca de 40 homens armados invadiram o acampamento na sexta-feira e executaram o cacique Nísio Gomes. O corpo teria sido levado pelos pistoleiros.
- Faço questão de, como vice-presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, repudiar tais atos e tamanha brutalidade. As comunidades indígenas contam com o total apoio do nosso mandato - disse a senadora.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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