Ana Amélia pede investigação rápida do governo sobre incêndio na Antártica

Da Redação | 27/02/2012, 15h29


A senadora Ana Amélia (PP-RS) lamentou em Plenário nesta segunda-feira (27) o incêndio que destruiu no último sábado (25) a estação de pesquisa da marinha brasileira Comandante Ferraz, na Antártica. A senadora encaminhou votos de pesar e solidariedade às famílias do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e do sargento Roberto Lopes dos Santos, que morreram tentando apagar o incêndio na estação. Para Ana Amélia, os militares atuaram com coragem e destemor e morreram no cumprimento do dever.

- Em meio a este difícil momento, esperamos que o governo brasileiro investigue com precisão e agilidade as causas do acidente e garanta a reconstrução da nossa base de estudos na Antártica de forma mais segura e muito mais avançada - afirmou, lembrando que a estação é ponto de referência em pesquisa desde 1984.

A senadora parabenizou os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Eduardo Braga (PMDB-AM), presidentes das comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), respectivamente, pela iniciativa de promover uma investigação conjunta sobre o acidente.

Incentivo ao arroz

Ana Amélia registrou também a 22ª Abertura Oficial da Colheita de Arroz do Rio Grande do Sul, ocorrida no sábado, no município de Restinga Seca, com presença do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e do governador do estado, Tarso Genro.

Segundo a senadora, a expectativa do Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga) é que nesta safra sejam colhidas 7,8 milhões de toneladas de arroz, o que representa 64% de toda a produção nacional. A estimativa já leva em consideração uma queda de 30% na produção, em decorrência da forte seca que atingiu o estado nos últimos meses.

- Temos a melhor produtividade do mundo, mas sai muito caro produzir arroz no nosso país. No Brasil um hectare tem um custo de produção de R$ 4.250, enquanto nos Estados Unidos o hectare sai por R$ 2.380. A tributação, o chamado Custo Brasil, encarece o arroz, e o Brasil perde mercados afora. Vinte e cinco por cento de um saco de arroz de 50 quilos correspondem a impostos - alertou a senadora.

Para estimular a produção do arroz no país, a senadora reforçou a reivindicação dos produtores por medidas de estímulo à exportação e uma campanha para que a população, principalmente os jovens, consuma mais arroz, pois o produto vem perdendo espaço para as redes de fast food.

Ana Amélia destacou que as reivindicações são feitas ao mesmo tempo em que os produtores investem em inovação. Até 2020 serão concluídas, por exemplo, seis usinas para produção de etanol à base de arroz, produzido com os grãos que não servem para consumo humano, informou a senadora. 

Defesa da indústria

Ana Amélia ainda declarou apoio ao "Grito de alerta em defesa da produção e do emprego", manifesto elaborado por 27 entidades, sendo 19 empresariais e oito sindicais. O movimento cobra ações efetivas do governo para barrar o processo de desindustrialização no país e a concorrência desleal produtos importados.

- Se nada for feito, o Brasil ficará para trás. Este é um assunto prioritário para o setor produtivo nacional.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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